segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Momentos de curiosidades

Reduzir ao MÁXIMO ou ao MÍNIMO?
Leitor questiona frase de governador: “Em todo o Estado, a ordem dos secretários é enxugar o quadro de pessoal e REDUZIR despesas de custeio ao MÁXIMO.”
Leitor achou estranho e eu também. É mais uma daquelas expressões que se consagram no uso e que, curiosamente, todos entendem.
Entretanto, eu prefiro a lógica: “REDUZIR AO MÍNIMO”.
Também seria possível “reduzir o máximo possível

Também seria CARIOCA ou FLUMINENSE?
Leitora de Niterói quer saber por que quem nasce na cidade do Rio de Janeiro é carioca e quem nasce em Niterói é fluminense.
Há um engano na sua pergunta. Quem nasce em Niterói é niteroiense. Fluminenses são todos aqueles que nascem no ESTADO do Rio de Janeiro, inclusive os cariocas.
Para ficar bem claro:
CARIOCA é quem nasce na CIDADE do Rio de Janeiro (antigo Estado da Guanabara);
FLUMINENSE é quem nasce no ESTADO do Rio de Janeiro.
O adjetivo FLUMINENSE vem do latim flumens (=rio), por isso “água de rio” é “água FLUVIAL”.
SUBSÍDIO – A pronúncia é /SUBSSÍDIO/ ou /SUBZÍDIO/? 
Quanto à grafia, não há discussão: é SUBSÍDIO (=com um “s”).
Quanto à pronúncia, os nossos dicionários e a última edição do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, publicado pela Academia Brasileira de Letras) ensinam: /subSSídio/.
Nosso leitor tem razão ao afirmar que “atualmente é comum atribuir-se o som de Z”.
Pode ser comum, mas eu prefiro a pronúncia clássica: /subSSídio/.
O mesmo se aplica a palavras como o verbo SUBSIDIAR e o substantivo SUBSIDIÁRIA, ou seja, devemos pronunciar /subSSidiar/ e /subSSidiária/.
No caso de palavras como SUBSISTIR, SUBSISTENTE e SUBSISTÊNCIA, o VOLP já aceita as duas pronúncias: /subSSistir/ e /subZistir/, /subSSistente/ e /subZistente/, /subSSistência/ e /subZistência.
Curiosidades etimológicas
Etimologia é o estudo da origem das palavras. É um assunto sempre interessante e ao mesmo tempo polêmico. É frequente a versão sobre a origem de uma palavra ou de uma expressão ser desmentida ou contestada.
O caso mais famoso é o da palavra FORRÓ. Para alguns, é corruptela da expressão inglesa for all (= para todos); para a maioria, entretanto, é uma redução de FORROBODÓ (= festança). Embora a primeira versão faça mais sucesso em sala de aula, a verdadeira é a segunda. Além de ser a tese que encontramos no conceituado “Dicionário do folclore brasileiro” de Câmara Cascudo, é o que está registrado nos dicionários Aurélio, Michaelis, Caldas Aulete…

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